Doenças e tratamentos

Vídeo-Frenzel

Você tem tontura, vertigem e não sabe o que pode estar causando?!

O exame de vídeo Nistagmoscopia com óculos de frenzel (vídeo-Frenzel) é o principal método para diagnosticar a VPPB (Vertigem Postural Paroxística Benigna) que é uma das mais comuns causas de tonturas (vertigens).

Inicialmente a consulta com o médico otorrinolaringologista deve ser realizada para poder ser encaminhado ao exame e diagnóstico correto. Além de exames do labirinto como a vectoeletronistagmografia, há também o exame de vídeo-frenzel: um procedimento indolor que ajuda na identificação de patologias relacionadas a vertigens posturais, ou seja, quando o paciente sente tonturas ao se movimentar, quando levanta, ao deitar, etc.

É um exame que avalia o nistagmo (movimentos involuntários e repetitivos dos olhos) e consiste na utilização de um óculos totalmente vedado à luz, com uma câmera infravermelho conectada a um micro computador, para gravação e posterior análise dos vídeos. O médico irá visualizar de forma aumentada o movimento dos olhos (um olho por vez) ao realizar mudanças na posição da cabeça do indivíduo durante o exame. Dessa forma o otorrinolaringologista consegue uma minuciosa avaliação do nistagmo chegando ao diagnóstico correto da VPPB para que se inicie o tratamento.


Tumores de ouvido

Tumores no ouvido podem ser malignos (câncer) ou benignos e se manifestam na parte externa da orelha, no canal auricular ou no osso temporal. Na maioria das vezes o primeiro sintoma é a perda auditiva parcial levando à consulta com o médico otorrinolaringologista. Essa avaliação é primordial para o diagnóstico precoce já que pode detectar o tumor ainda em consultório.

Os tumores benignos do ouvido incluem cistos, papilomas (verruga benigna) e tumores ósseos (osteoma) e em alguns casos requerem cirurgia para remoção evitando a perda auditiva total. Os tumores malignos do ouvido são mais raros, acometem cerca de 0,006% das pessoas em todo o mundo e em maioria os idosos com histórico recorrente de infecções no ouvido. Esses tumores malignos podem estar presentes nas células produtoras de cera do ouvido e pode ser câncer de pele como o carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e melanoma.

Quando o tumor se manifesta na parte externa da orelha como o câncer de pele, costuma apresentar os mesmos sintomas como em outras partes do corpo: pinta ou manchas, ferimentos que não cicatrizam, lesões sangrentas ou verrugosas com coloração e formato anormal ou irregular.

Já o câncer de pele no canal auricular e a neoplasia o câncer das células produtoras de cera de ouvido podem apresentar sintomas como: incapacidade de mover a face no lado afetado; dor de ouvido; inchaços nos gânglios linfáticos no pescoço; caroço no canal auditivo; dor de cabeça; sensibilidade à luz e vertigem causada por ela; sensação de fraqueza no rosto e zumbido.

O diagnóstico é através da retirada de uma parte do material para biópsia e exames de imagem como ressonância magnética auxiliam na localização e extensão do tumor. O tratamento é realizado com a cirurgia e radioterapia quando diagnosticado câncer.

Não deixe de procurar o médico otorrinolaringologista quando apresentado os sintomas citados anteriormente, pois o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento.

Enxaqueca Vertebro-Basilar

Além da enxaqueca comum que é uma dor intensa, geralmente em um lado da cabeça e com sensibilidade a luz, há também a enxaqueca basilar ou enxaqueca do tronco cerebral que se difere por apresentar uma aura (conjunto de sintomas antes de iniciar a dor de cabeça) com dor latejante na parte de trás da cabeça.

Essa aura são sintomas que podem anteceder a cefaleia, como: tonturas, vertigens, perda de equilíbrio, zumbido, visão dupla, parestesia (dormência e formigamentos), fala arrastada (disartria), perda de coordenação (ataxia), desmaio e vômitos.

O que se sabe sobre a causa da enxaqueca tipo basilar é que os sintomas são causados pela constrição da artéria basilar, que fornece sangue para todo o tronco cerebral causando alterações no nervo ou do fluxo sanguíneo. Isso pode ser desencadeado por vários fatores como, estresse, privação de sono, fome, consumo de álcool, alterações hormonais femininas, cafeína, esforço físico entre outros fatores.

O diagnóstico pode ser realizado através da exclusão de outras comorbidades e para isso pode ser recomendado exames de imagem como tomografia e ressonância magnética, assim também como exames de sangue. A anamnese em consultório é importante onde será avaliado os sintomas, se já apresentou mais episódios, e o estilo de vida da pessoa.

O tratamento na maioria das vezes é medicamentoso e com mudanças no estilo de vida realizando atividades físicas regulares, ingerindo menos cafeína, se alimentando adequadamente e dormindo bem.


Síndrome do Desequilíbrio no Idoso

Sabemos que com o avanço da idade os sentidos essenciais, estruturação óssea e muscular sofrem deterioração e acabam por gerar problemas de saúde. O idoso pode sentir cansaço, falta de força muscular, déficit de equilíbrio, entre outros sintomas. A prevalência das doenças relacionadas ao equilíbrio afeta cerca de 30% em pessoas com idade em torno de 65 anos e 80% dos idosos com idade entorno de 75 anos, sendo mais frequente nas mulheres.

A grande maioria das causas do desequilíbrio nos idosos está relacionada ao Sistema Vestibular. A Síndrome do Desequilíbrio do Idoso é a terceira mais frequente alteração do equilíbrio corporal e corresponde por 30% dos casos. Isso se deve à perda de células ciliadas (sensores de movimento localizados dentro do nosso labirinto) e neurônios vestibulares.

O idoso que tem a Síndrome do Desequilíbrio realiza movimentos lentos, se sente instável, não consegue atravessar a rua sem auxílio e tem quedas frequentemente. O diagnóstico é realizado após anamnese em consultório e exames complementares do equilíbrio como, por exemplo, a vectoeletronistagmografia e a posturografia. A Reabilitação Vestibular é o tratamento mais indicado inicialmente para a síndrome, seguido de tratamento medicamentoso, mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos regulares.

A consulta com o médico otorrinolaringologista é essencial na busca de um tratamento adequado para cada caso, pois são vários os fatores que podem causar o desequilíbrio no idoso por isso procure sempre um profissional qualificado.

Tontura Postural Perceptual Persistente

A Tontura Postural Perceptual Persistente (TPPP) é um distúrbio vestibular funcional crônico e pode persistir por mais de três meses. Alguns estudos correlacionam o distúrbio ao sistema emocional. O paciente apresenta episódios de tonturas, instabilidade e se intensifica quando passa por algum momento de estresse, ansiedade, estímulos visuais e ambientes com muito movimento.

Alguns estudiosos da área sustentam que a TPPP se manifesta através de três maneiras: a primeira é psicogênica onde a ansiedade é a única causa da tontura; a segunda é otogênica quando uma doença otoneurológica funciona como um gatilho que ativa o circuito da ansiedade; e a terceira interativa, quando a doença otoneurológica desencadeia a tontura, que por sua vez estimula sintomas ansiosos pré-existentes.

Há situações que podem desencadear a TPPP, como: lesão cerebral traumática leve, ataques de pânico com tontura, enxaqueca ou migrânea vestibular, neurite vestibular, doença de Menière, vertigem posicional paroxística benigna, acidente cerebral vascular.

O diagnóstico é realizado através da exclusão de outras Síndromes Vestibulares e os sintomas característicos do distúrbio que serão analisados em consultório e com auxilio de exames indicados pelo médico otorrinolaringologista.

O tratamento inclui orientações de novos hábitos, reabilitação vestibular, psicoterapia e medicamentos que ajudam a amenizar os sintomas. Atividades para ajudar a promover equilíbrio e relaxamento também podem ser úteis.

Quando apresentados os sintomas citados acima procure o médico otorrinolaringologista para que o tratamento seja realizado de forma precoce e diminua as chances de causar maiores problemas e sequelas.


Teste de contato

Você já apresentou coceira, vermelhidão, inchaço ou pequenas bolhas em seu corpo, mas não conhece a causa? Você já apresentou coceira, vermelhidão, inchaço ou pequenas bolhas em seu corpo, mas não conhece a causa?

O Teste de Contato é um exame que auxilia no diagnóstico de inflamações na pele como a dermatite de contato, que é uma reação alérgica provocada através do contato com alguma substância específica como, por exemplo, cosméticos, tinturas, perfumes, joias, medicameetos,tecidos, entre outros. O exame padrão possui em média uma bateria de 30 substâncias variadas, mas existem outras baterias complementares como a bateria de cosméticos e a bateria de anti-inflamatórios.

É um exame que requer cuidados e repouso durante a realização, o indicado é que o paciente não use cremes na pele e não esteja fazendo uso de medicações como antialérgicos que podem inibir os resultados desejados. São colocadas substâncias específicas diretamente na parte superior das costas do paciente onde as reações alérgicas ocorrerão. São 72h de realização do exame, nesse período o paciente pode descansar na sua residência retornando após as primeiras 48h para a primeira leitura e com 72h a última leitura das reações. Ao final do exame o profissional já consegue informar quais substâncias tiveram reação e sua intensidade.

Procure ajuda de um profissional qualificado que possa lhe orientar conforme o resultado do exame e após o diagnóstico seja realizado o tratamento correto.

Polissonografia

A polissonografia (PSG) é um exame capaz de monitorar o sono do indivíduo captando informações como atividade respiratória, cardíaca e cerebral, dentre outros fatores. As informações são coletadas através de sensores fixados pelo corpo durante uma noite de sono, podendo ser realizado em um centro hospitalar como em sua própria residência.

Há dois tipos de exames de polissonografia: o tipo 1, se trata de um exame mais completo realizado principalmente em laboratório do sono em regime hospitalar incluindo eletroencefalograma, eletrooculograma, e um sensor de movimento das pernas; o tipo 2 está focado para um estudo cardiorrespiratório analisando o fluxo aeronasal, frequência cardíaca, saturação de oxiemoglobina, movimentação da caixa torácica, e através desses sensores pode constatar a ocorrência de apneia e hipopneia.

O exame PSG é indicado quando há suspeita de algum distúrbio do sono e quando apresentados sintomas como: Sonolência diurna excessiva, roncos, irritabilidade, baixa concentração, etc. Após a realização do exame o especialista avalia a quantidade de horas dormidas, índice de saturação e dessaturação, massa corporal, frequência cardíaca, entre outros fatores. Para compreendermos a coleta desses dados é interessante entendermos as fases do sono que são divididas em: Sono REM e não REM - a sigla REM (Rapid Eye Movement) vem do inglês, e faz referência aos movimentos rápidos dos olhos durante a última fase de um ciclo do sono. A fase do sono “não REM” é quando há uma transição entre o estado de vigília (desperto) e um sono leve, os olhos quase param de se movimentar e a atividade cerebral diminui, o sono é profundo, e a atividade dos olhos e do cérebro é mínima. Sendo que na fase do “sono REM” ocorre relaxamento muscular, atividade cerebral intensa, frequência cardíaca e respiratória aumentadas e irregulares.

Os resultados apresentados são influenciados por fatores como a idade, temperatura, massa corporal, ingestão de álcool e drogas, ritmo cardíaco e patologias, por isso seu médico interpretará os dados coletados de acordo com seu caso.

A PSG é o principal exame para diagnósticos de roncos e apneia obstrutiva do sono, uma doença que apresenta várias complicações cardiovasculares, neurológicas e com o diagnóstico precoce pode favorecer o tratamento e evitar as complicações citadas anteriormente.

Paralisia Facial

A Paralisia Facial é uma alteração que leva a perda dos movimentos realizados pelos músculos da face, geralmente de um lado do rosto. Ela pode ter origem central (o que é mais raro) ou periférica (o que é a maioria dos casos). Os impulsos nervosos que trafegam do cérebro até os músculos da face são em parte conduzidos pelo nervo facial e, quando ocorre uma lesão deste nervo, os músculos faciais ficam parcialmente ou completamente paralisados.

Na maioria das vezes, a paralisia facial é temporária, surgindo por uma inflamação no nervo facial que pode aparecer após uma infecção por vírus, como acontece no caso do herpes simples, herpes-zoster, citomegalovirus (CMV), Epstein-Barr (EBV), rubéola, caxumba, ou por doenças imunes, como a doença de Lyme (doença transmitida por carrapato) também pode ser ocasionada por traumatismo do osso temporal ou após cirurgia.

Quando a paralisia é de origem central a perda dos movimentos atinge apenas o terço inferior de um lado da face. Portanto, a pessoa consegue franzir a testa, erguer a sobrancelha, abrir e fechar os olhos, mas a boca entorta, o que dificulta a articulação das palavras e a mastigação. São também sinais importantes para o diagnóstico diferencial o déficit motor unilateral, principalmente nos braços e pernas, e a dificuldade para permanecer em pé.

Na paralisia facial periférica além da perda de movimentos do rosto, desvio do canto da boca para um lado, boca seca, falta de expressão num dos lados da face, incapacidade de fechar completamente um dos olhos, de levantar uma das sobrancelhas ou de franzir a testa, pode acontecer dor ou formigamento, tonturas, dor de ouvido e aumento da sensibilidade dos ouvidos para sons agudos são sintomas da paralisia.

O diagnóstico geralmente é realizado ainda em consulta após a anamnese, em apenas alguns casos são solicitados exames de imagem complementares ressonância magnética e tomografia das mastoides. Não há uma conduta terapêutica padrão para a doença, vai depender do dano sofrido ao nervo, das condições clínicas e idade do paciente. O tratamento inclui medicamentos, fisioterapia e terapia fonoaudiológica.

É importante começar o tratamento nos primeiros dias após os sintomas, para que não tenha complicações e reduzir a taxa de sequelas permanentes. Caso seja observado os sintomas de paralisia facial é importante procurar um médico otorrinolaringologista para que ele possa indicar o tratamento mais adequado para cada caso.

Leucoplasia das cordas vocais

A leucoplasia é uma lesão esbranquiçada da mucosa que em alguns casos é assintomática e em maioria benigna, mas que pode ser indício de algo mais grave como câncer. Os principais fatores de risco são o tabagismo e o etilismo seguidos da laringite por refluxo, papiloma vírus humano (HPV), exposição ocupacional a certos produtos (níquel, inseticidas, minas de cobre, emissão de madeira de fornalha, etc.). As manchas podem estar presentes no interior da boca, em locais como língua, gengivas e bochechas assim como na laringe, manifestando-se principalmente nas cordas vocais.

Quando surge a leucoplasia nas cordas vocais o sintoma que mais leva o indivíduo a buscar uma avaliação com o otorrinolaringologista é a disfonia constante (rouquidão ou mudança de voz), além de outros sintomas como sensação de corpo estranho na garganta, dor e fadiga ao falar. Em consultório inicialmente é realizada a anamnese levando em consideração os fatores de risco e exames como a videolaringoscopia ou videoestroboscopia. De acordo com o diagnóstico, o tratamento pode ser remoção cirúrgica, medicamentoso e abandono dos vícios (tabagismo, etilismo).

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de laringe representa 25% dos tumores de cabeça e pescoço, por isso é sempre importante uma consulta periódica com o especialista para que tenha o diagnóstico precoce e maiores chances no tratamento.

Processamento Auditivo Central

O Processamento Auditivo Central (PAC) é a forma como nosso cérebro executa as informações captadas através da nossa audição, de modo que identificamos, analisamos, memorizamos e recuperamos a informação auditiva. Quando ocorre alguma falha na transmissão dessas informações há o que chamamos de Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC)

Quando o indivíduo apresenta dificuldade em interpretar sons do ambiente, ou dificuldade em se socializar, de entender o conteúdo repassado pelos professores e até mesmo de desenvolvimento da fala, ele pode ter algum dos Transtornos do Processamento Auditivo Central. Esse problema é identificado mais frequentemente em crianças por apresentar dificuldades na escola, mas pode ocorrer também na fase adulta após alguma alteração no sistema nervoso central (Traumatismo Craniano, AVC, entre outros.).

Para o diagnóstico do TPAC é necessário a realização de exames da audição como de audiometria ou imitanciometria que são imprescindíveis para que o fonoaudiólogo tenha conhecimento das condições da audição periférica para o início da Avaliação do Processamento Auditivo Central. O fonoaudiólogo irá realizar testes para percepção do som em tarefa de difícil escuta, e o exame deve ser realizado em ambiente acusticamente tratado para o resultado efetivo.

O TPAC pode ocorrer juntamente com outras alterações, tais como: o Transtorno de Aprendizagem, Transtorno Específico de Linguagem (DEL) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) causando impactos psicoemocionais, educacionais e sociais.

A avaliação com o médico especialista é essencial para que seja investigado cada caso, pois quanto mais cedo o diagnóstico e o início do tratamento, menos prejudicial será para o desenvolvimento da linguagem e na qualidade de vida.


Implante Coclear

Em muitos casos de surdez, a prótese auditiva amplifica os sons do ambiente restaurando a audição e melhorando a qualidade de vida, porém, quando há perda auditiva severa ou total a prótese não consegue suprir as necessidades do paciente pode ser indicado o Implante Coclear (IC).

O Implante Coclear (IC) é capaz de restaurar a função auditiva através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea. Estes estímulos são levados através do nervo auditivo para o cérebro. O IC é um equipamento eletrônico computadorizado que substitui a função do ouvido interno de pessoas que têm surdez total ou quase total.

O IC consiste em duas partes: interna, que é implantada através de cirurgia dentro do ouvido; e externa onde está o processador de fala com uma antena transmissora e um microfone, muito parecido com a prótese auditiva.

Assim como o aparelho auditivo, o Implante Coclear é essencial para uma vida saudável devolvendo a confiança nos relacionamentos melhorando a comunicação e ajudando no desenvolvimento da linguagem.

A consulta com o médico otorrinolaringologista é primordial para que sejam sanadas quaisquer dúvidas sobre os possíveis tratamentos para a perda auditiva, pois cada caso é avaliado individualmente levando em consideração o histórico do paciente e os resultados de exames auditivos realizados.

Triagem Auditiva Neonatal (TAN)

A Triagem Auditiva Neonatal tem por finalidade a identificação o mais precocemente possível da deficiência auditiva nos neonatos. A triagem deve acontecer logo após o nascimento, sendo indicada a realização do exame de Emissões Otoacústicas (Teste da orelhinha) a partir do terceiro dia de vida, pois alguns bebês apresentam líquido aminiótico e/ou vérnix caseoso (massa branca) no canal autidivo que podem atrapalhar o resultado do exame.

De acordo com o Ministério da Saúde se o bebê não tiver nenhum indicador de risco para perda auditiva como, por exemplo, prematuridade, possuir histórico familiar de perda auditiva entre outros, deve ser realizado o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE). Caso apresente resposta insatisfatória o bebê deverá realizar o exame de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (Peate – automático) para o diagnóstico preciso. Nos bebês que possuem algum indicador de risco para perda auditiva deve ser realizado o Peate –Automático, ele é considerado um exame de escolha como Triagem Auditiva Neonatal.

Os recursos para os bebês que apresentam algum tipo de deficiência auditiva são seleção e adaptação de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) ou indicação de cirurgia de implante coclear e, adaptação do implante, juntamente com a terapia fonoaudiológica de linguagem.

É de grande importância a realização do teste próximo ao nascimento, a fim de que minimize os impactos negativos da deficiência auditiva no desenvolvimento infantil, levando a busca de recursos para estimular a linguagem, desenvolvendo a cognição e reduzindo as dificuldades de aprendizado. Mesmo o neonato apresentando o resultado do exame de Emissões Otoacústicas satisfatório ele deve ser acompanhando durante as fases de crescimento e desenvolvimento da linguagem conforme orientação do médico otorrino e do profissional foaudiólogo.

Adaptação da Prótese Auditiva em crianças.

Se você acha que a adaptação do aparelho auditivo é da mesma forma tanto para o adulto quanto para a criança você está enganado.

O adulto ao longo de sua vida acaba adquirindo maturidade auditiva e verbal o suficiente para reconhecer e compreender a fala ao usar a prótese auditiva. A criança por sua vez, ainda está em fase de desenvolvimento fisiológico, psicológico e de estruturação da linguagem. Tendo em vista que a audição é um dos sentidos importantes durante o processo de aprendizado e interação com outras pessoas o diagnóstico precoce da surdez, o uso da prótese e o acompanhamento com o profissional especializado é determinante para o desenvolvimento da linguagem.

O atraso de fala é um dos motivos que levam os pais a buscarem ajuda do profissional qualificado, mas isso só acontece entre o segundo ou terceiro ano de vida. Faz-se necessário ressaltar a importância da Triagem Auditiva Neonatal (TAN) para que a perda auditiva seja diagnosticada o mais precocemente possível e não prejudique desenvolvimento da fala. A partir do diagnóstico da perda auditiva na criança é realizada a habilitação do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) pelo profissional fonoaudiólogo ou médico otorrinolaringologista. Nessa etapa é essencial a ajuda dos familiares na compreensão de que o aparelho não irá devolver a audição completa da criança, mas proporcionará uma maior qualidade de vida. Os pais devem estimular o sentido da audição na criança, comemorando cada avanço, conversando de forma clara e anotando cada detalhe para que junto com o profissional qualificado possa realizar os ajustes necessários.

Não deixe de procurar o médico otorrinolaringologista e fazer a Triagem Auditiva Neonatal, pois é essencial para diagnosticar possíveis problemas auditivos de forma precoce.

Imunoterapia para alergia respiratória

As doenças respiratórias como rinite alérgica, rinosinusite, bronquite e asma são problemas que afetam milhões de brasileiros sendo uma boa parte desses indivíduos se automedica e não procuram o médico especialista para tratar de forma correta, prolongando ainda mais os sintomas e dificultando as atividades rotineiras.

No intuito de minimizar o impacto dessas doenças na qualidade de vida existem muitos tratamentos medicamentosos e não medicamentosos. A imunoterapia é um tratamento que procura reduzir o grau de sensibilização (nível de anticorpos IgE e da reação nos tecidos) impedindo reações alérgicas imediatas graves e interfere na inflamação característica das condições alérgicas de longa evolução observadas na rinite alérgica e na asma brônquica.

A imunoterapia consiste na aplicação de vacinas (sublingual e subcutânea) para alergias que contenham extratos aos quais indivíduo é alérgico e assim atua reduzindo a sensibilidade do organismo ao alérgeno, reeducando o sistema imunológico de forma a que o organismo reaja menos ou deixe de reagir contra os elementos do meio ambiente a que se é alérgico.

As vantagens desse tratamento é a redução do uso de medicamentos, da recorrência das crises e uma melhor evolução em longo prazo. A imunoterapia é indicada para pessoas sensíveis aos ácaros da poeira doméstica, pólens, fungos, baratas, e etc.. Não existe indicação de imunoterapia para alergia a alimentos e para os quadros de alergia por contato. Esse tipo de tratamento deve sempre ser prescrito pelo médico, pois será analisado o histórico do paciente e as possíveis causas do problema.

Se você apresenta algum problema relacionado à alergia respiratória converse com seu médico e veja qual das opções de tratamento melhor se aplica ao seu caso.


A importância da audição para a cognição nos idosos.

A audição nos permite escutar os sons do ambiente e da fala, proporcionando-nos sentimentos e modificando as relações sociais. Com isso percebemos que a audição é um dos fatores importantes na comunicação, devendo ser sempre avaliada pelo médico otorrinolaringologista.

Com o aumento da idade há mudanças no sistema sensorial do idoso como perda de memória, falta de atenção e concomitantemente da audição. A perda auditiva por decorrência da idade é chamada de presbiacusia sendo uma das perdas sensoriais que produz um impacto mais profundo e assolador no processo de comunicação do idoso, diminuindo a percepção das informações auditivas afetando assim o desempenho cognitivo.

A perda auditiva neurossensorial em decorrência do envelhecimento atinge principalmente as frequências mais altas do sistema coclear bilateralmente e alterando as vias auditivas centrais. Dessa forma o processamento auditivo central é prejudicado fazendo que o idoso utilize todos os recursos cognitivos e se esforce mais para escutar, ao invés de usar parte desses recursos para entender o que ele está escutando.

Com a perda auditiva a pessoa idosa tende a não se socializar, se excluindo, se isolando e muitas vezes se tornando uma pessoa deprimida, por isso a avaliação com o(a) médico(a) otorrinolaringologista é necessária para buscar os melhores recursos disponíveis para resolver o problema proporcionando uma melhor qualidade de vida para o idoso.

A prótese auditiva é uma das formas de reduzir o avanço da perda da função cognitiva que afeta muitos idosos com presbiacusia.


Reabilitação Vestibular

Você apresenta tonturas frequentes e/ou foi diagnosticado com algum tipo de doença do labirinto?

A reabilitação vestibular é um método que foi se desenvolvendo ao longo dos últimos anos auxiliando pessoas com labirintite a terem uma vida mais saudável e ao mesmo tempo em que realizam o tratamento medicamentoso, mudanças de hábitos e orientação alimentar. A reabilitação vestibular é um tratamento complementar que consiste na realização de exercícios específicos e personalizados para cada paciente que apresenta vertigens proporcionando maior qualidade de vida já que ajuda a diminuir as tonturas e recupera o equilíbrio corporal.

As terapias são indicadas para os pacientes que apresentam tonturas e que já realizaram exames para diagnosticar o problema do labirinto, as terapias devem ser individualizadas para cada paciente de acordo com a origem da tontura ou vertigem. 80% dos sintomas são reduzidos quando a reabilitação vestibular é agregada ao tratamento de vertigens, por isso não deixe de conversar com o seu médico para avaliar os possíveis métodos de tratamento.

Cáseos Amigdalianos

Um problema que é comum e que acomete mais de 150 mil habitantes no Brasil, o cáseo amigdaliano aparece na garganta como pequenas bolinhas brancas que são depositadas devido ao acúmulo de restos de alimentos. O indivíduo com este problema apresenta mau hálito, dor de garganta e dificuldade para engolir.

É sempre recomendada uma avaliação com o otorrinolaringologista ao apresentar os sintomas, pois será investigada a causa do problema. Em alguns casos é diagnosticado como amigdalite crônica podendo ser necessário uma intervenção cirúrgica. Para evitar que o problema continue além do tratamento sugerido pelo médico é importante evitar medicamentos que deixem a boca seca e manter uma boa higiene oral.

Nódulos Vocais

"Sou professora e frequentemente fico rouca depois de um dia de trabalho, o que pode ser?".

Quando há abuso da voz, ou seja, quando o indivíduo fala em um tom de voz mais alto e de forma frequente as pregas vocais se chocam causando um atrito de forte intensidade na produção de som, dando origem ao que podemos chamar de nódulos vocais.

Os nódulos são lesões de massa benigna que acometem as cordas vocais, se manifestando de forma frequente em pessoas que utilizam a voz para trabalhar como professores, apresentadores, telefonistas, cantores entre outros. O sintoma principal é a rouquidão e voz sussurrada, o diagnóstico é realizado por meio de avaliação médica e dos exames de vídeo laringoscopia e/ou estroboscopia e em alguns casos biópsia.

O tratamento pode ser feito com terapias fonoaudiológicas e intervenção cirúrgica o melhor é sempre evitar que o problema ocorra por isso evite falar em um tom mais alto, beba bastante água, descanse a voz e não fume.

Doença de Ménière



Você já ouviu falar sobre a doença de Ménière?

Esse é um problema raro e que acomete cerca de 150 mil brasileiros por ano, em sua maioria entre 20 a 50 anos. A doença de Ménière é uma desordem que ocorre na orelha interna e causa crises repetidas de vertigem (tontura rotatória), perda auditiva, zumbido e plenitude ou pressão no ouvido. Não há certeza sobre o que causa esse problema, uma das hipóteses é devido ao acúmulo excessivo de líquido dentro dos canais auditivos, diferente da Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) em que o paciente também apresenta tontura, mas devido à movimentação do corpo e mudança de posição. Uma crise de vertigem pode persistir de 1 a 6 horas incapacitando o indivíduo a realizar suas atividades rotineiras, dessa forma é importante buscar atendimento médico para iniciar o tratamento o quanto antes. O diagnóstico é baseado em exames auditivos e ressonância magnética. Não há cura para esse problema, mas os tratamentos medicamentosos e a reabilitação vestibular ajudam a diminuir os sintomas. Prevenir sempre é a melhor opção, por isso diminuir o consumo de sal, cafeína e álcool evita que as crises se apresentem de forma recorrente.

Não deixe de consultar seu médico caso apresente algum dos sintomas.

Rinite Alérgica

Rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal, onde o indivíduo apresenta sintomas como obstrução nasal, coriza, coceira no nariz, palato, olhos e garganta. Esses sintomas são desencadeados por alérgenos inalantes (ácaros, fungos, pelos de animais, insetos, mofo e pólen), bactéria, vírus e mudanças climáticas. O médico realiza o diagnóstico avaliando o histórico do paciente juntamente com exames de imagem como a videoendoscopia naso-sinusal e tomografia. Esse problema não tem cura, mas há tratamentos medicamentosos indicados pelo profissional qualificado e vacinas antialérgicas que são usadas a partir do resultado do exame de teste alérgico cutâneo.

Sabemos que prevenir é sempre o melhor remédio, algumas recomendações para evitar esse problema são:

  • manter a casa arejada;

  • não deixar que os animais usem os móveis e deixem pelos pela casa;

  • ter hábitos saudáveis, beber bastante água;

  • nunca se automedicar e sempre procurar atendimento especializado.

Refluxo Gastroesofágico

"Sinto uma queimação, um entalo na garganta, muitas vezes tenho tosse."

Tosse crônica, pigarro, rouquidão e dor de garganta podem ser causados pelo refluxo, o mesmo ocorre quando o conteúdo ácido que está no estômago vai para o esôfago indo também para as adjacências localizadas mais superiormente na via aero digestiva como nariz, seios da face, garganta e os ouvidos (refluxo faringo-laríngeo). Os sintomas mais recorrentes são globus Faríngeo (sensação de entalo na garganta), azia, rouquidão, tosse seca, pigarro e alteração no ouvido, estudos recentes mostram que o refluxo pode ocasionar também mau hálito, problemas dentários, aftas, leucoplasia nas cordas vocais, granuloma vocal, em crianças sinusite e rinite recorrente.

O diagnóstico é realizado através de exames como a vídeo naso-laringoscopia onde podem ser constatados processos inflamatórios iniciais na região da laringe e endoscopia digestiva alta. Para diminuir os episódios do refluxo é recomendado cessar o consumo de bebidas alcoólicas e o uso de cigarro, evitar alimentos gordurosos, café, refrigerante e chocolates. A alimentação deve ser fracionada ao longo do dia, durante a noite esperar ao menos duas horas para deitar e utilizar travesseiros inclinados. A avaliação médica é necessária para um tratamento completo, pois muitas vezes requer o uso de medicações e acompanhamento.

Enxaqueca Vestibular

"Minha filha sente dor de cabeça e tontura, será que é enxaqueca ou labirintite?"

Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia mais de 30 milhões de brasileiros sofrem com crises de enxaqueca ao longo da vida. A enxaqueca crônica na maioria dos casos é uma doença hereditária que é desencadeada por alguns fatores como estresse, perda de sono, barulho, exercício físico intenso, cheiros fortes, alguns alimentos específicos como, por exemplo, café, chocolate e refrigerante. Os principais sintomas da enxaqueca são: cefaleia, náuseas e vômito, entre outros.

Quando a dor de cabeça é acompanhada de tontura ou vertigem a doença é classificada como Enxaqueca Vestibular, para o diagnóstico mais preciso há a necessidade de acompanhamento médico, pois em alguns casos a doença é confundida com a labirintite que é a inflamação do labirinto. Dessa forma o médico baseia seu diagnóstico de acordo com a anamnese em consultório e exames complementares.

Alguns hábitos podem ajudar a diminuir os episódios de enxaqueca como evitar alimentos que contenham cafeína, a prática regular de exercícios físicos, melhorar a qualidade do sono e evitar o estresse.

Síndrome de Sjögren

"Uma ardência nos olhos e uma secura na boca estão me incomodando há alguns dias, será que é necessário buscar acompanhamento médico?"

Uma doença pouco conhecida e que acomete em sua maioria mulheres entorno dos 50 anos a Síndrome de Sjögren (SS) é uma doença autoimune que se manifesta de forma frequente como secura ocular e boca seca, associadas à presença de auto anticorpos ou sinais de inflamação glandular. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia isso ocorre porque algumas células brancas (chamadas de linfócitos) invadem vários órgãos e glândulas, principalmente as glândulas lacrimais e salivares, produzindo um processo inflamatório que acaba por prejudicá-los, impedindo suas funções normais. Além dos olhos e bocas a doença pode lesionar outros órgãos como rins e fígado, pode secar a pele e as membranas mucosas que revestem o nariz, a laringe, aparelho digestivo, as vias aéreas dos pulmões e a vagina.

O diagnóstico é realizado em consultório através de um estudo minucioso do histórico do paciente, exames laboratoriais, exames de imagem e/ou biopsia. Até onde se sabe, não há cura para a Síndrome de Sjögren o tratamento consiste no uso de lágrima e saliva artificial, tratamentos com corticoides e anti-inflamatórios com o intuito de diminuir o risco de complicações e aumentar a qualidade de vida.


Apneia do Sono

“Me acordo muito indisposto (a), muito cansado (a), com dor de cabeça.”

O ronco é algo que incomoda o parceiro (a) durante o sono, porém as pessoas não levam a sério esse problema. O ronco é um dos principais sintomas para diagnosticar a Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), esta síndrome pode levar a outras doenças como derrame, depressão, aumentar o risco de hipertensão e diabetes, entre outros.

Ao ser realizado um esforço respiratório maior durante o sono as vias aéreas podem ficar obstruídas, essa obstrução dificulta a passagem de ar provocando paradas respiratórias parciais (hipopneia) e/ou apneia completa. As paradas respiratórias ocasionadas várias vezes durante o sono podem ser diagnosticadas como Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), o diagnóstico é realizado através de uma anamnese em consultório e de um exame chamado Polissonografia. As pesquisas apontam que a SAOS acomete cerca de 33% a 35% da população brasileira com prevalência em adultos a partir dos 65 anos de idade. O tratamento é indicado mediante consulta médica indo desde mudar hábitos a uma possível intervenção cirúrgica, uma terceira opção é o uso de CPAP - um aparelho usado durante o sono.

Na Clinica Gilson Castro você encontra o suporte necessário para lhe ajudar.

Aftas recorrentes

“Estou com feridas na bochecha: será que é necessário ir ao médico?”

Aftas recorrentes ou estomatite aftosa são pequenas feridas na região bucal, aparecendo na língua, bochecha, lábios e gengiva. Não há certeza sobre o que causa as aftas, mas elas aparecem quando a pessoa está com a imunidade baixa, passou por situações de estresse, problemas gástricos, uso de aparelhos dentários, infecções virais, doenças autoimunes como a síndrome de Behcet e até mesmo fatores genéticos.

Há a necessidade de procurar avaliação médica quando as feridas aumentam de tamanho, quando aparecem com maior frequência, quando demora a desaparecer e quando provoca dor ao ingerir alimentos líquidos e sólidos podendo levar a desidratação e debilitar a saúde do individuo. É fundamental procurar um médico para tentar descobrir a causa da recorrência das aftas através de exames, embora muitas vezes não seja possível. O tratamento de aftas recorrentes exige a prescrição de medicação de uso restrito ao receituário médico daí a importância do profissional qualificado.

Evitar o estresse físico e mental abuso de alimentos ácidos, fazer uma boa higiene oral diária são algumas das medidas que podem ajudar a reduzir o aparecimento das aftas ou fazer com que estas cicatrizem rapidamente.

Câncer de laringe


“Meu pai é fumante e está com rouquidão há mais de um mês. O que pode ser?

O câncer de laringe é um tumor mais frequente em pessoas acima dos 40 anos com histórico de consumo de cigarro, outras formas de tabaco e consumo de bebidas alcóolicas. Os sintomas mais recorrentes de quem apresenta o problema é a rouquidão persistente, nódulo ou massa na região do pescoço, escarros com sangue, dificuldade de respirar e engolir.

Para diagnosticar o câncer de laringe e ser tratado com maior êxito é necessário levar em consideração os sintomas e passar por uma avaliação médica. O profissional realiza o diagnóstico mediante anamnese e a realização de exames complementares como a laringoscopia, através da qual pode ser realizada a biopsia, dentre outros exames.

As medidas para prevenir o câncer de laringe são: evitar o tabagismo ativo e passivo, o consumo de maconha, o uso abusivo de bebidas alcóolicas, o diagnóstico e tratamento de DSTs como Papiloma Vírus Humano (HPV) que pode afetar as vias aéreas superiores, sendo estes os principais fatores cancerígenos.

É fundamental o diagnóstico precoce para realizar um tratamento mais conservador com melhor resultado funcional e com maior chance de cura. Apresentando os sintomas citados é importante que você procure o médico otorrino para melhor avaliação.


Vertigem Posicional Paroxística Benigna

Você sabe que um dos tratamentos para a tontura é a realização de algumas manobras de reposicionamento dos cristais?

Caso não tenha entendido sobre o que estamos falando, vamos te explicar melhor sobre a Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), como é realizado o diagnóstico e seus tratamentos.

Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) é um distúrbio da orelha interna, que causa crises de vertigens desencadeadas por determinadas mudanças na posição da cabeça. Apresenta como sintomas, tonturas momentâneas como se o ambiente estivesse se movendo ou girando, as pessoas também podem sentir náuseas, vomitar e seus olhos podem se mover anormalmente. O diagnóstico é feito através de sintomas, situações em que ocorrem e em exames físicos como, por exemplo, o Vídeo-frenzel através da manobra de Dix-Hallpike, dentre outros.

Trauma, enxaqueca, outros problemas do ouvido interno são condições que podem levar ao deslocamento dos cristais de carbonato de cálcio que ficam depositados em uma espécie de bolsa do ouvido interno e nos ajudam a equilibrar e movimentar o corpo. A vertigem posicional surge quando eles saem dessa bolsa, começam a flutuar e ficam presos em outras áreas do ouvido interno.

A maioria dos casos de vertigem posicional pode ser corrigida com exercícios de movimentação da cabeça, manobras de que geralmente levam alguns minutos para serem concluídas. Elas têm altas taxas de sucesso (cerca de 80%), embora algumas vezes precisem ser repetidas. Essas manobras são projetadas para guiar e reposicionar os cristais de volta à sua localização original no ouvido interno, o profissional fisioterapeuta pode realizar esses tipos de manobras isso com o diagnóstico feito pelo médico otorrinolaringologista, por esse motivo é sempre recomendado passar pela consulta antes de procurar o tratamento.


Hiposmia e anosmia

A covid – 19 traz como um dos sintomas a perda parcial ou total do olfato, a grande maioria das pessoas que adquirem o vírus tem a hiposmia ou anosmia como sintoma e com isso fica a dúvida, será que toda pessoa que apresenta perda de olfato está com o vírus ou pode ser por outro tipo de doença? Será que devo procurar o médico?


Para melhor entendermos sobre esse problema, a Hiposmia é a diminuição parcial e a Anosmia perda total da capacidade de sentir odores, esta incapacidade de sentir odores prejudica o paladar, pois 80% do sabor depende do olfato levando assim a perda do apetite. Há causas variadas para que o distúrbio aconteça como lesões nasais, problemas neurológicos, alergias e o vírus da covid -19. As infecções virais constituem causa importante das alterações do olfato, através do edema e obstrução nasal, dificultando a chegada da corrente de ar até a região olfatória ou em que existe uma ação direta do vírus lesionando o epitélio olfatório. A hiposmia e a anosmia pode ser temporária e desaparecer por completo depois de um período, o que nem sempre requer tratamento — a depender da causa. A perda de olfato dentro do quadro de COVID-19 costuma ter características de aparecimento súbito e de intensidade severa, normalmente na forma de anosmia e consequente alterações no paladar. No entanto, há recursos para tratá-la nos casos em que o distúrbio perdura. O ideal é sempre procurar um médico para o diagnóstico correto e o tratamento adequado.


Zumbido

Parece que estou com um apito no ouvido, mas não sei o que devo fazer. Será que só medicação resolve?!"

Você provavelmente já escutou um chiado, apito, cigarra, cachoeira, panela de pressão ou, mais raramente, o barulho do coração batendo no ouvido ou alguns cliques ou estalos. Algumas vezes esse som é passageiro e não incomoda, porém outras vezes ele pode ser incessante e lhe causar estresse e incômodo.

O zumbido pode ser definido como uma ilusão auditiva, ou seja, uma sensação sonora não relacionada com uma fonte externa de estimulação. Pesquisas mostram que cerca de 25 a 28 milhões de brasileiros sofrem com o zumbido, este por sua vez, pode estar relacionado a variadas causas como, excesso de cera, infecções e lesões do ouvido, alterações cardiovasculares, diabetes, disfunções da articulação da mandíbula e consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco são alguns deles. O indicado é a busca por um profissional qualificado onde possam ser realizadas investigações através dos sintomas e exames para que tenha o tratamento adequado.

Estudos apontam que na sua grande maioria os casos de zumbido estão relacionados à perda auditiva, existe a hipótese de que o zumbido acontece por uma tentativa de adaptação do cérebro à falta das células auditivas. Com isso, a falta da informação sonora causada pela perda auditiva faz com que a pessoa mantenha um foco maior no zumbido, ampliando sua percepção e consequentemente o incômodo.




“Fui ao médico e foi constatado que estou com perda auditiva, o que devo fazer?”

Uma das formas para o tratamento de zumbido é através do uso do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (Prótese auditiva) que vai funcionar como um amplificador dos sons do ambiente fazendo com que a percepção do indivíduo aumente e o zumbido diminua.

A estimulação acústica realizada através da prótese auditiva eleva a atividade do córtex auditivo interferindo no processamento central do zumbido, suavizando o foco do cérebro para o sintoma e diminuindo sua percepção. Além de reduzir o grau de incômodo e aumentar a qualidade de vida dos pacientes afetados, a prótese auditiva promove a melhora em relação aos aspectos emocionais e auditivos, amenizando o estresse comumente associado à perda auditiva e melhorando a qualidade de vida.

Procure sempre um profissional de qualidade para esclarecer todas as suas dúvidas.

Rinite Gestacional

"É normal ter rinite durante a gestação? É a mesma causa da rinite alérgica?"

A rinite gestacional é uma obstrução nasal que não existia antes da gestação, tipicamente ocorrendo no segundo ou terceiro trimestre, com duração maior do que seis semanas, sem causa alérgica ou sinais de infecções de via aérea superior. A rinite gestacional consiste em respiração oral, roncos, aumento na secreção nasal, sangramentos e ressecamento da mucosa do nariz.

Geralmente, a causa dessa rinite é hormonal e ocorre por causa dos níveis de estrogênio, que aumentam na gravidez. Uma das preocupações é a automedicação durante o período gestacional, onde o uso excessivo de descongestionantes pode interferir no desenvolvimento do feto levando a uma rinite medicamentosa. As opções de tratamento são individualizadas e prescritas sempre após avaliação médica.

Síndrome da Boca Ardente (SBA)



“Minha boca parece estar queimando, o que pode ser? Qual especialista devo procurar? Será que tem tratamento?”


Muitas pessoas, a maioria entre 40 e 60 anos apresentam sintomas como queimação, formigamento e dor na região bucal, porém não buscam uma avaliação médica até o problema se tornar persistente.

A síndrome da boca ardente (SBA) manifesta-se como uma sensação de ardor na boca e pode afetar a língua, os lábios, ou a boca inteira. Outros sintomas incluem boca seca, formigamento ou dormência e alteração do paladar. A dor é do tipo queimação, de intensidade moderada a severa, podendo persistir por anos caso não seja realizado uma avaliação médica, acometendo as bordas laterais e ponta da língua. A Síndrome da Boca Ardente ocorre mais frequentemente nas mulheres, e a sua frequência aumenta com a idade e após a menopausa.

O diagnóstico para este tipo de síndrome é realizado através da anamnese clínica e após o descarte de outras doenças como diabetes, lesões na mucosa bucal entre outras. A condição psíquica não pode ser menosprezada, constituindo uma orientação importante, o encaminhamento para avaliação psicológica. Nos pacientes acometidos pela Síndrome da Boca Ardente, há aumento da sensação dolorosa no decorrer do dia, nos estados de tensão, fadiga, ao falar muito, à ingestão de alimentos picantes e quentes, ocorrendo melhora com a ingestão de alimentos frios, com a realização de algum tipo de trabalho ou distração.

Busca-se na Síndrome da Boca Ardente empregar medidas paliativas que visam eliminar fatores, locais ou gerais, que agravam os sintomas. Por isso há a necessidade de uma avaliação com o médico otorrinolaringologista para que este realize uma análise clínica e inicie o tratamento adequado.