Vacinas

Vacina Varicela-Zoster

De acordo com o Ministério da Saúde a catapora (varicela) é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ) que se manifesta com maior frequência em crianças. A principal característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira, no entanto a doença pode causar problemas como surdez súbita, labirintite, paralisia facial, nevralgia pós-herpética, inclusive acometendo a face.

Uma vez adquirido o vírus VVZ, a pessoa fica imune à catapora, porém esse vírus permanece em nosso corpo a vida toda e pode ser reativado, causando o Herpes-Zoster, conhecido também como cobreiro.

Em 2013, o Ministério da Saúde introduziu a vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora), na rotina de vacinação de crianças entre 15 meses e 2 anos de idade que já tenham sido vacinadas com a primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). A vacina para varicela (catapora) tem suas indicações precisas, levando em conta a situação epidemiológica da doença, por isso não está disponível de forma universal no SUS, mas pode ser encontrada na rede privada.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Para crianças até 11 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.

A vacina é sempre a melhor forma de prevenção contra o VVZ, por esse motivo não deixe de procurar um posto de saúde ou a rede privada para aplicação da vacina, evitando futuramente chances de ter esses problemas.

Vacina para HPV

O HPV (Papiloma Vírus Humano) é um vírus que afeta pele e mucosas (oral, genital ou anal), transmitido através do contato sexual causando verrugas, lesões na orofaringe, pregas vocais, fossas nasais, condutos auditivos externos e até mesmo lesões pré-cancerígenas. Há mais de 150 tipos de HPV sendo classificados de acordo com os sintomas que causam e da área que atingem.

Prevenir sempre é a melhor opção por isso a vacina HPV previne contra infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma).

A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS até certa idade sendo indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, pessoas soropositivas para HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 26 anos, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

O Ministério da Saúde ressalta que a vacina não é um tratamento e não apresenta eficácia contra infecções ou lesões por HPV já existentes. A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas é dirigida para os tipos mais frequentes: 6, 11, 16 e 18.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos, o mais precocemente possível. Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas (0 - 6 meses). A partir dos 15 anos, são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses). Independentemente da idade, pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento devem receber três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses).

O importante á não deixar de se proteger contra o HPV atualizando o cartão de vacinas.

Vacina Herpes Zoster

Você já ouviu falar na doença conhecida como “cobreiro”?

Você sabe que existe uma vacina para prevenir a doença?

O “cobreiro” - como chamamos popularmente - é um problema provocado após a infecção pelo vírus da varicela zoster (catapora) e se manifesta quando o indivíduo está com baixa imunidade, passou por um momento de estresse muito forte, quando está fazendo uso de medicamentos e pela idade avançada. O vírus da varicela zoster se desloca pelos nervos periféricos até alcançarem uma região da pele, causando a característica erupção do herpes zoster, que ataca as células nervosas causando dor crônica.

Para evitar que o vírus do herpes zoster se manifeste e acabe causando um desconforto maior a aplicação da vacina é o mais indicado. A vacina para herpes zoster ajuda a diminuir as dores em 70% dos casos e evita o surgimento em 60% dos indivíduos que tiveram varicela.

A vacina é subcutânea e aplicada em somente uma dose indicada para pessoas a partir dos 50 anos de idade, mas em alguns casos pode ser aplicada antes desse prazo.

Vacina Influenza

A influenza ou gripe comum atinge cerca de 2 milhões de brasileiros por ano, é uma infecção viral aguda e afeta o trato respiratório provocando tosse, espirro e febre propagando-se pela saliva e secreção. A influenza pode ser prevenida com vacina e sua formulação contém proteínas de diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano, por isso a necessidade de aplicação anualmente. Existe vacina trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e vacina quadrivalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B (SBIM - Sociedade Brasileira de Imunização).

A SBIM (Sociedade Brasileira de Imunização) indica a aplicação da vacina a partir de seis meses de vida e reforça que a vacina de influenza é uma vacina inativada com isso não causa gripe.

É de suma importância a aplicação da vacina anualmente, pois reduz a ocorrência de complicações da gripe como otites, sinusites e pneumonias.

Vacina Pneumocócica

A doença pneumocócica acaba por ocasionar infecções nos pulmões e ouvidos, meningite e infecções do sangue (bacteremia e sepsis), em algumas vezes levando o indivíduo a um estado crítico de saúde. As doenças são causadas pela bactéria pneumococo atacando em maior parte as crianças menores de cinco anos de idade, idosos e pessoas com doenças como Aids, anemia falciforme, diabetes; asplenia (por retirada cirúrgica do baço ou por doenças que afetam o funcionamento desse órgão); com doença do coração ou do pulmão.

Algumas vezes a manifestação da bactéria é confundida com uma simples gripe e não é tratada de forma correta, evoluindo para um estágio difícil de ser revertido onde a bactéria é disseminada a partir da saliva e de secreções da pessoa infectada. A forma mais segura e eficiente de prevenir a doença é a vacinação. Existem três vacinas com indicações e esquema de doses bem precisos. A vacinação de rotina está indicada apenas às crianças com até 5 anos e adultos a partir dos 60; mas pessoas de qualquer idade que apresentem maior risco para a doença pneumocócica também precisam se vacinar.

  • "Qual vacina devo tomar?"

Segundo a SBIM (Sociedade Brasileira de Imunização) para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com Pneumo 10 ou Pneumo 13. Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas Pneumo 13 e Pneumo 23. Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas Pneumo 13 e Pneumo 23.

  • "Como funciona cada vacina?"

De acordo com a SBIM a vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos. A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos e a Vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente previne 23 tipos de pneumococos.